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segunda-feira, 20 de julho de 2009

DIA 20 DE JULHO DE 2009 SEGUNDA FEIRA

HOJE É DIA DO AMIGO

Homem na Lua: Grande passo para a Humanidade aconteceu há 40 anos

“Eu é que queria amor e carinhos”
Quando olhava pela escotilha da ‘Apollo 11’ e via como é linda a Terra, não pensou nos cuidados, carinhos e amor que o planeta precisa?", perguntou uma assistente ao astronauta Edwin ‘Buzz’ Aldrin, no Centro Cultural de Belém, durante uma estada em Lisboa, em 1994, do segundo homem a pisar a superfície lunar na madrugada de 21 de Julho de 1969. A resposta foi contundência: "Não, nessa altura eu é que precisava de cuidados, amor e carinhos".
A conversa testemunhada e contada por Carvalho Rodrigues, promotor do ‘PoSat’que estreou o nosso país no espaço, traduz os enormes sacrifícios exigidos aos conquistadores da Lua, enviados a 28 mil km/hora em direcção ao único satélite natural da Terra.

A aventura de há 40 anos foi superemocionante. Apesar do reconhecimento feito dois meses antes, em Maio de 1969, pelos astronautas da ‘Apollo 10’, Cernan, Young e Stafford que voaram a apenas 14 km da superfície lunar, sabe-se que a pulsação de Neil Armstrong atingiu no momento decisivo da alunagem as 156 batidas por segundo. E ele estava parado e com toda a leveza que dava o facto de a força de gravidade na Lua ser seis vezes menor do que a terrestre.
A alunagem ocorreu às 20h18 de Lisboa, no domingo 20 de Julho de 1969. Mas não era a primeira vez que um objecto terrestre ia parar à Lua. Essa ainda fora uma proeza da URSS que a mais de três anos antes, a 3 de Fevereiro de 1966, enviara ‘Luna 9’ até à superfície lunar. Porém, agora, havia gente dentro da cápsula ‘Eagle’, os astronautas Neil Armstrong e Edwin ‘Buzz’ Aldrin que umas horas depois dariam os primeiros passos na poeira cinza da Lua, onde a visão mais fantástica é a do planeta Terra.

Das 20h15 até às 05h01 da manhã de 21 de Julho o Mundo viveu suspenso no 'pequeno passo do homem, grande passo para a humanidade'.

PEGADA NA LUA DEVE FICAR VISÍVEL CEM MIL ANOS

Imagens muito conhecidas das visitas a solo lunar, as pegadas deixadas pelos astronautas, que entre 1969 e 1972 somaram 22 presenças, devem permanecer visíveis durante cerca de cem mil anos, por na Lua não existir atmosfera nem actividade geológica que as apaguem.
O único risco de destruição está no próprio homem que poderá vir a intervir no solo lunar no sentido de montar uma base espacial para outras viagens siderais. Já depois, foram lá lançadas duas bolas de golfe.

18 HORAS DE TV SÓ COM CAFÉ E BOLA DE BERLIM

O jornalista José Mensurado, que na noite de 20 para 21 de Julho de 1969 se encarregou durante 18 horas consecutivas da transmissão da alunagem e do passeio dos astronautas, limitou-se a comer 'um café e uma bola de Berlim'. Em declarações à agência Lusa adiantou que para o abastecimento lhe valeu o operador de imagem Fernando Amaro, já falecido, que foi à rua comprar tudo e que depois do trabalho dormiu 12 horas seguidas.
Curiosa foi também a primeira utilização da palavra alunagem em vez do aterrar cuja origem etimológica está limitada ao nosso planeta. 'A conquista da Lua desfez um bocado a parte poética da Lua', considera ainda o cicerone da noite histórica.

ARMSTRONG ENTROU COM PÉ ESQUERDO

Ao contrário do que tradicionalmente se considera bom sinal, o primeiro passo na Lua foi dado com o pé esquerdo, eram em Lisboa 02h56 de 21 de Julho de 1959.

ALDRIN FOI SEGUNDO 19 MINUTOS DEPOIS

Ser n.º 2 na conquista da Lua provocou alguns problemas ao astronauta Aldrin, filho de um piloto com currículo histórico. Segundo a sair foi o primeiro a voltar à ‘Eagle’.

CONQUISTA FICOU PELOS 30 METROS

Durante a primeira permanência do homem na Lua, os astronautas nunca se afastaram mais de trinta metros do módulo que tinha umas patas para melhor levantar voo.

NÚMEROS
600 000

Telespectadores seguiram, no Mundo ocidental, as principais transmissões da chegada à Lua e do passeio de Armstrong e Aldrin. A informação foi, contudo, omitida no bloco soviético.
21h36m
Foi o tempo que o módulo ‘Eagle’ permaneceu no mar da Tranquilidade até levantar voo para se juntar à nave de Aldrin. O reencontro fez-se durante a segunda volta à Lua das duas naves separadas.
5
Vezes melhor reflexão da luz do Sol e 13 vezes maior em tamanho dão à Terra vista do espaço 65 vezes o brilho da Lua.
17 259
Fotografias da Lua, com detalhe mil vezes maior do que existia até à altura, foram enviadas para a Terra pelas Ranger 7, 8 e 9 entre Julho de 1964 e Março de 1965, antes de se despenharem sobre a Lua.

DEZOITO DIAS DE ISOLAMENTO

Após os oito dias de viagem de ida e volta à Lua, com passeio no Mar da Tranquilidade, os três astronautas tiveram de passar mais 18 dias de quarentena, com receio de que pusessem trazer qualquer doença contagiosa desconhecida e incurável .
Após amararem no Pacífico a 24 km do porta-aviões ‘Hornet’, Armstrong, Aldrin e Collins foram imediatamente desinfectados e levados para o convés do navio, onde tiveram apenas dez metros de liberdade para acenar a fotógrafos e câmaras. Ficaram depois encerrados, juntamente com um médico, dentro de uma cabina. Apenas a 10 de Agostos, verificado que todos estavam de saúde, puderam contactar outras pessoas.

NIXON BRILHA COM SONHO DE KENNEDY

A conquista do Espaço foi politicamente um emblema dos Democratas, com o texano Lyndon John-son a conduzir no Congresso a criação da NASA em 1958 – apesar das reticências do presidente Eisenhower, o general do Dia D incomodado com o brilho do ‘inimigo’ Wernher von Braun – e o presidente John Kennedy a fixar a meta Lua em 1962. Acabou, porém, por ser Nixon, batido em 1960 por Kennedy e eleito em 68 sem enfrentar Johnson, quem aproveitou a glória da história.

ONDE ESTAVA NO DIA 21 DE JULHO DE 1969?

'Na altura, era reitor da Universidade de Lourenço Marques, mas o facto apanhou-me em Lisboa. Foi uma sorte, porque em Moçambique ainda não havia televisão. Para a ciência, a conquista do Espaço constituiu um tempo de grandes realizações. No duelo URSS--EUA, os soviéticos conseguiram os avanços na resistência de materiaise estudo dos combustíveis, enquanto os americanos se superiorizaram nas aplicações electrónicas e na concepção do que uma viagem à Lua implica. Foi um feito que nos orgulha a todos.' (José Veiga Simão)
'Tinha só 12 anos, mas foi um acontecimento que me prendeu a atenção e segui com curiosidade, sobretudo através da leitura dos jornais. Em minha casa não havia televisão. Lembro-me que vi as imagens da chegada à Lua na TV em casa dos meus avós. Não consigo precisar se foi em directo ou numa repetição. Sentia-se uma grande expectativa e fascínio, embora algumas pessoas não acreditassem. Após as revoltas de 68, do Maio e da invasão da Checoslováquia, vivia-se um turbilhão na História que abriu uma nova era.' (Francisco Louça)
'Passei a noite toda a ver televisão, completamente fascinado. Desde 1961 que cantava da ‘Pedra Filosofal’, do poeta Gedeão, os versos 'desembarque em foguetão/em superfície lunar'. E também me lembro de, pelos 17 anos, sair com muitos homens e duas senhoras de uma missa em Ovar, onde fora para satisfazer uma namorada, depois do padre dizer que os ‘sputniks’ eram invenções do demónio. Há uns vinte anos, impressionei-me com a a reconstituição da Lua no Museu do Are do Espaço, em Washington.' (Manuel Freire)
RETIRADO DO JORNAL CORREIO DA MANHÃ DE PORTUGAL-WWW.CORREIOMANHA.PT

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